Hoje é dia de celebrar os patronos do Estado do RN


A programação religiosa em comemoração aos mártires de Cunhaú e Uruaçu tem início hoje com duas celebrações religiosas às 7h da manhã: uma no monumento de Uruaçu e outra na Matriz de São Gonçalo do Amarante. Ao longo de todo dia, os fiéis podem participar de várias missas em paróquias da Grande Natal (ver quadro com programação) e o encerramento dos eventos religiosos ocorrerá com uma concelebração da Santa Missa, presidida pelo arcebispo metropolitano de Natal, Dom Jaime Vieira Rocha, em São Gonçalo do Amarante.

"Os mártires de Cunhaú e Uruaçu são os patronos do Rio Grande do Norte. Morreram por fé em Jesus Cristo. É importante celebrar essa data pois revivemos a memória dos que deram a vida por não aceitar renunciar a fé cristã", explica o arcebispo metropolitano de Natal, Dom Jaime Vieira Rocha.

Hoje, são esperados cerca de 30 mil fiéis nas missas e shows católicos que estão programados durante as festividades. A Capelania dos Protomártires de Uruaçu e Cunhaú, em São Gonçalo do Amarante, já está celebrando os festejos em honra aos padroeiros desde o dia 23 de setembro.

Os Mártires de Cunhaú e Uruaçu foram mortos por holandeses no ano de 1645, por não aceitarem a imposição da religião protestante calvinista.

Em maio de 2000, o papa João Paulo II beatificou os mártires de Cunhaú e Uruaçu como exemplos de fé cristã e defensores da Igreja Católica. Naquele ano, o Governo do Estado, em resposta à uma solicitação da Arquidiocese de Natal, decretou o feriado de 3 de outubro. A data é simbólica. Foi no dia 3 de outubro de 1645, que 79 religiosos foram assassinados em Uruaçu. Dois meses antes, no dia 16 de julho, enquanto participavam de uma missa, 69 católicos foram massacrados em Cunhaú.

HISTÓRIA

Em 16 de junho de 1645, o Pe. André de Soveral e outros 70 fiéis foram cruelmente mortos por 200 soldados holandeses e índios potiguares. Os fiéis estavam participando da missa dominical, na Capela de Nossa Senhora das Candeias, no Engenho Cunhaú - no município de Canguaretama (RN). O motivo teria sido a intolerância calvinista dos invasores que não admitiam a prática da religião católica: isso custou-lhes a própria vida.

Três meses depois aconteceu o martírio de mais 80 pessoas, e sempre pelas mãos dos calvinistas holandeses. Entre elas estava o camponês Mateus Moreira, que teve o coração arrancado pelas costas, enquanto repetia a frase: "Louvado seja o Santíssimo Sacramento". Isso aconteceu na Comunidade de Uruaçu, em São Gonçalo do Amarante (a 18 km de Natal).
 

Fonte: Tribuna do Norte

Nenhum comentário:

Obrigado pelo seu comentário!

Tecnologia do Blogger.