Dilma decide demitir Elias Fernandes do DNOCS, mas negocia troca para evitar crise com o PMDB
O Palácio do Planalto já avisou ao PMDB que o diretor-geral do Departamento Nacional de ObrasContra a Seca (Dnocs), Elias Fernandes Neto, terá de deixar o governo. Como mostrou O GLOBO, ele é acusado de favorecer seu estado com verbas federais e de desvios de R$ 312 milhões.
O vice-presidente Michel Temer negocia a troca no Dnocs para evitar uma crise com o PMDB na Câmara, pois Elias é afilhado do líder Henrique Alves, que rejeita a substituição.
Com o apoio do Planalto, o ministro da Integração, Fernando Bezerra — que também direcionou verbas a seu estado —, confirmou que mudará todas as diretorias do Dnocs, além da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e Parnaíba (Codevasf) e da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene).
A avaliação de que a situação de Elias é insustentável foi feita pelo Palácio do Planalto depois da divulgação dereportagem do jornal O GLOBO que revelou a existência de irregularidades de R$ 312 milhões na autarquia, além de direcionamento de verbas de Defesa Civil, para o estado do Rio Grande do Norte. As irregularidades foram detectadas em auditoria da Controladoria Geral da União.
Elias Fernandes é potiguar e afilhado político do líder do PMDB, deputado Henrique Eduardo Alves (RN). Segundo auxiliares da presidente Dilma, não será mais possível manter Elias Fernandes Neto no cargo depois da demissão do ex-diretor administrativo e financeiro, Albert Gradvohl, concretizada na segunda-feira (22). Gradvohl era afilhado político do PMDB do Ceará. Emissários do Planalto já foram acionados para negociar com o líder Henrique Alves a saída de Eias Fernandes.
Henrique Alves reagiu à possibilidade de substituição de Fernandes Neto pelo Planalto. Para ele, não há motivos para a substituição do seu afilhado político para o comando da autarquia, já que todas as irregularidades apontadas pelo relatório da CGU no Dnocs foram esclarecidas pelo ministro da Integração Nacional.
O líder peemedebista embarcou para Brasília, segundo ele, para acompanhar uma audiência da governadora Rosalba Ciarlini (DEM-RN), no Ministério das Cidades. Ele disse que ainda não foi procurado por ninguém do Palácio do Planalto e que deve voltar para Natal ainda nesta terça-feira.
"Vão tirar o Elias por quê? Eu não vou nem discutir isso. Esse relatório da CGU não é uma posição final. A Controladoria é um órgão opinativo. Já tem uma resposta encaminhada pelo ministro Fernando Bezerra com os esclarecimentos. Quem decide se há irregularidade ou não é o TCU (Tribunal de Constas da União). Não era para nem mesmo o Gradvohl ter saído. Agora, o Elias tem que sair por causa disso? É um absurdo!", reagiu Henrique Alves, numa referência à demissão de Gradvohl.
No início da noite de ontem (24), o Ministério da Integração emitiu uma nota oficial sobre as futuras decisões.
“O Ministério da Integração Nacional reafirma a posição de renovar os quadros das empresas vinculadas à pasta. Este processo de mudança se iniciou no final do ano passado. A reestruturação visa aperfeiçoar práticas de gestão do ministério e de suas vinculadas.
Na Codevasf, o advogado José Solon Braga ocupou o cargo de diretor de Gestão dos Empreendimentos de Irrigação. No Dnocs, o engenheiro Fernando Ciarlini assumiu a diretoria de infraestrutura e o economista Vitor de Souza Leão, profissional de carreira da CGU, a administrativo-financeira.
Ressalta-se que novos nomes para a composição dos quadros das vinculadas serão anunciados até o início de fevereiro. As alterações deverão ser feitas após as devidas avaliações.
Sobre o relatório da CGU referente ao Dnocs, informa-se que o material foi encaminhado pelo ministério para apreciação do Tribunal de Contas da União. O Ministério da Integração Nacional tomará todas as medidas para corrigir supostas distorções e garantir a correta aplicação dos recursos públicos”.
Fonte: O Globo
O vice-presidente Michel Temer negocia a troca no Dnocs para evitar uma crise com o PMDB na Câmara, pois Elias é afilhado do líder Henrique Alves, que rejeita a substituição.
Com o apoio do Planalto, o ministro da Integração, Fernando Bezerra — que também direcionou verbas a seu estado —, confirmou que mudará todas as diretorias do Dnocs, além da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e Parnaíba (Codevasf) e da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene).
A avaliação de que a situação de Elias é insustentável foi feita pelo Palácio do Planalto depois da divulgação dereportagem do jornal O GLOBO que revelou a existência de irregularidades de R$ 312 milhões na autarquia, além de direcionamento de verbas de Defesa Civil, para o estado do Rio Grande do Norte. As irregularidades foram detectadas em auditoria da Controladoria Geral da União.
Elias Fernandes é potiguar e afilhado político do líder do PMDB, deputado Henrique Eduardo Alves (RN). Segundo auxiliares da presidente Dilma, não será mais possível manter Elias Fernandes Neto no cargo depois da demissão do ex-diretor administrativo e financeiro, Albert Gradvohl, concretizada na segunda-feira (22). Gradvohl era afilhado político do PMDB do Ceará. Emissários do Planalto já foram acionados para negociar com o líder Henrique Alves a saída de Eias Fernandes.
Henrique Alves reagiu à possibilidade de substituição de Fernandes Neto pelo Planalto. Para ele, não há motivos para a substituição do seu afilhado político para o comando da autarquia, já que todas as irregularidades apontadas pelo relatório da CGU no Dnocs foram esclarecidas pelo ministro da Integração Nacional.
O líder peemedebista embarcou para Brasília, segundo ele, para acompanhar uma audiência da governadora Rosalba Ciarlini (DEM-RN), no Ministério das Cidades. Ele disse que ainda não foi procurado por ninguém do Palácio do Planalto e que deve voltar para Natal ainda nesta terça-feira.
"Vão tirar o Elias por quê? Eu não vou nem discutir isso. Esse relatório da CGU não é uma posição final. A Controladoria é um órgão opinativo. Já tem uma resposta encaminhada pelo ministro Fernando Bezerra com os esclarecimentos. Quem decide se há irregularidade ou não é o TCU (Tribunal de Constas da União). Não era para nem mesmo o Gradvohl ter saído. Agora, o Elias tem que sair por causa disso? É um absurdo!", reagiu Henrique Alves, numa referência à demissão de Gradvohl.
No início da noite de ontem (24), o Ministério da Integração emitiu uma nota oficial sobre as futuras decisões.
“O Ministério da Integração Nacional reafirma a posição de renovar os quadros das empresas vinculadas à pasta. Este processo de mudança se iniciou no final do ano passado. A reestruturação visa aperfeiçoar práticas de gestão do ministério e de suas vinculadas.
Na Codevasf, o advogado José Solon Braga ocupou o cargo de diretor de Gestão dos Empreendimentos de Irrigação. No Dnocs, o engenheiro Fernando Ciarlini assumiu a diretoria de infraestrutura e o economista Vitor de Souza Leão, profissional de carreira da CGU, a administrativo-financeira.
Ressalta-se que novos nomes para a composição dos quadros das vinculadas serão anunciados até o início de fevereiro. As alterações deverão ser feitas após as devidas avaliações.
Sobre o relatório da CGU referente ao Dnocs, informa-se que o material foi encaminhado pelo ministério para apreciação do Tribunal de Contas da União. O Ministério da Integração Nacional tomará todas as medidas para corrigir supostas distorções e garantir a correta aplicação dos recursos públicos”.
Fonte: O Globo
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